Muitas são as pessosa que continuam a cair no mesmo erro. Uma ignorância compreensível só até certo ponto.
De Portugal e do Brasil ainda há muita gente que pensa que nós os que vivemos em África deparamo-nos com leões todos os dias, que a maioria das habitações ainda são palhotas e que as estradas são só de terra.
Isso não é verdade! É claro que há zonas em que o nível de desenvolvimento ainda é bem baixo mas, aqui encontra-se um pouco de tudo. Apenas de forma diferente.
Prezados. Um espaço de ideias e devaneios. Um espaço para aliviar o stress e estar com quem não se está. Como o próprio nome diz. Um espaço para todos. Os que são, os que se julgam e os que querem ser.. Sejam bem-vindos.
sexta-feira, janeiro 27, 2012
quinta-feira, janeiro 26, 2012
PRECISO
Preciso muito de voltar a Portugal. Estive aí há tão pouco tempo que até tenho vergonha da necessidade. Mas existirá amor maior do que o meu por esse pedaço de terra tão saboroso?
A propósito, falei hoje com uns antigos colegas. Dois para ser mais preciso. Uma antiga administrativa da empresa onde trabalhava e outro, mais novo, que era quase a minha sombra. Impressiona-me apesar de tudo perceber que há gente tão, mas tão competente nas ruas da amargura em Portugal. É tudo uma questão de oportunidade, eu sei. Mas aquela gente tinha que ter essas oportunidades e não tem. Parece-me que as pessoas, principalmente os mais jovens, têm que começar mesmo a avaliar a possibilidade de emigrar, caso contrário correm sérios riscos de estacionar o potencial. Depois, no futuro, pode ser mais difícil fazer o resto.
A propósito, falei hoje com uns antigos colegas. Dois para ser mais preciso. Uma antiga administrativa da empresa onde trabalhava e outro, mais novo, que era quase a minha sombra. Impressiona-me apesar de tudo perceber que há gente tão, mas tão competente nas ruas da amargura em Portugal. É tudo uma questão de oportunidade, eu sei. Mas aquela gente tinha que ter essas oportunidades e não tem. Parece-me que as pessoas, principalmente os mais jovens, têm que começar mesmo a avaliar a possibilidade de emigrar, caso contrário correm sérios riscos de estacionar o potencial. Depois, no futuro, pode ser mais difícil fazer o resto.
quarta-feira, janeiro 25, 2012
PORQUE A VIDA TAMBÉM PODE SER BELA
Estava sentado à mesa do restaurante. Sózinho como sempre nos últimos tempos. Mais por opção do que por necessidade diga-se em abono da verdade. Até porque de certeza que todo o Mundo tem um refúgio que nos permita vivermos na ilusão de que basta querer para ter alguém ao nosso lado. Só que como dizem os sábios desde há muito tempo, por vezes alguém pode ser bem pior que ninguém. Muitas vezes mesmo.
Na mesa por trás estava também alguém. Também ela sozinha, envolvida na resolução de problemas pontuais que não terá conseguido resolver durante o dia. Parecia estar fora da sua cidade pois jantava fora e falava ao telefone referindo o dia cansativo de reuniões.
Passou cerca de uma hora e meia e nós estavamos ali. Eu a jantar depois de mais um dia igual a tantos outros e ela, imagino, também. De costas um para outro.
E então percebi que às vezes, não precisamos de mais nada para perceber o quanto podemos gostar de alguém. Nunca a tinha visto e tinha ouvido a sua conversa em apenas hora e meia. Conversa essa que, naturalmente, nada tinha a ver comigo. Ainda assim, cativou-me. E quatro anos depois ainda agradeço.
Naquela noite, após a tal hora e meia, decidi voltar-me e pedir licença na sua mesa. Disse-lhe que estava sozinho como ela e que saberia bem uma companhia pelo menos para o café. Disse que sim, surpresa. Depois acho que a tentativa de relaxar da pressão dos nossos dias fez o resto. A verdade é que guardo para sempre a recordação dessa noite bem como o amor que sinto por ela. O amor aqui não tem nada a ver com o convencional. Mas é amor.
Na mesa por trás estava também alguém. Também ela sozinha, envolvida na resolução de problemas pontuais que não terá conseguido resolver durante o dia. Parecia estar fora da sua cidade pois jantava fora e falava ao telefone referindo o dia cansativo de reuniões.
Passou cerca de uma hora e meia e nós estavamos ali. Eu a jantar depois de mais um dia igual a tantos outros e ela, imagino, também. De costas um para outro.
E então percebi que às vezes, não precisamos de mais nada para perceber o quanto podemos gostar de alguém. Nunca a tinha visto e tinha ouvido a sua conversa em apenas hora e meia. Conversa essa que, naturalmente, nada tinha a ver comigo. Ainda assim, cativou-me. E quatro anos depois ainda agradeço.
Naquela noite, após a tal hora e meia, decidi voltar-me e pedir licença na sua mesa. Disse-lhe que estava sozinho como ela e que saberia bem uma companhia pelo menos para o café. Disse que sim, surpresa. Depois acho que a tentativa de relaxar da pressão dos nossos dias fez o resto. A verdade é que guardo para sempre a recordação dessa noite bem como o amor que sinto por ela. O amor aqui não tem nada a ver com o convencional. Mas é amor.
terça-feira, janeiro 24, 2012
WHAT IF?
Parece-me incontornável que a vida seja feita de esperança. Pelo menos para mim é ela que dá alento quando preciso. Já aqui toquei no assunto e repito que devemos renovar sempre os nossos horizontes para que mantenhamos esperança em alguma coisa. Atingir todos os objectivos pode ser prejudicial a partir do momento em que não nos proponhamos a atingir outros logo a seguir. E assim sucessivamente.
Mas o objectivo deste texto é falar de um outro assunto que parece-me também persegue-nos a vida inteira. E aqui a felicidade das opções só interessa na medida em que a intensidade de determinadas recordações seja maior ou menor mas nunca elimina definitivamente. Óbvio.
Quando há uma época na vida em que temos, por exemplo, de escolher entre dois amores (sim, é possível amar mais do que uma pessoa com a mesma intensidade - o contrário é um mito) e colocamo-nos esta questão: "Como terei a certeza de que esta é a melhor opção?"
A resposta é demasiado simples e por isso muita gente não entende: Nunca.
Não há como saber porque mesmo que sejamos muito felizes na vida que escolhemos e a pessoa que ficou para trás não aparente o mesmo, nunca saberemos como seria se tivesse continuado connosco. Até que ponto poderíamos influenciar a sua vida para que as coisas eventualmente corressem de forma diferente. Portanto o melhor é ter a certeza que, apesar de desejarmos o contrário, não podemos viver mais do que a nossa vida. E essa é que é a verdade incontornável.
Mas o objectivo deste texto é falar de um outro assunto que parece-me também persegue-nos a vida inteira. E aqui a felicidade das opções só interessa na medida em que a intensidade de determinadas recordações seja maior ou menor mas nunca elimina definitivamente. Óbvio.
Quando há uma época na vida em que temos, por exemplo, de escolher entre dois amores (sim, é possível amar mais do que uma pessoa com a mesma intensidade - o contrário é um mito) e colocamo-nos esta questão: "Como terei a certeza de que esta é a melhor opção?"
A resposta é demasiado simples e por isso muita gente não entende: Nunca.
Não há como saber porque mesmo que sejamos muito felizes na vida que escolhemos e a pessoa que ficou para trás não aparente o mesmo, nunca saberemos como seria se tivesse continuado connosco. Até que ponto poderíamos influenciar a sua vida para que as coisas eventualmente corressem de forma diferente. Portanto o melhor é ter a certeza que, apesar de desejarmos o contrário, não podemos viver mais do que a nossa vida. E essa é que é a verdade incontornável.
segunda-feira, janeiro 23, 2012
UM FIM DE SEMANA MOLHADO
A chuva finalmente veio. E como sempre por aqui, veio torrencial. Confesso que adoro a chuva em África. Vem sempre depois de sermos avisados por um cheiro. O cheiro de terra molhada lá ao longe que é transportado pelo vento.
Quando ela vem, rebenta estradas, danifica palhotas, enche as ruas. Vem sempre como uma vingança de todo aquele tempo em que não veio.
"A culpa é desses gajos dos mercados. Amarram a chuva durante tanto tempo para poderem vender as suas coisas, depois ela vem assim. Zangada!" - dizem os nativos.
Este Sábado passei a noite num carro, sozinho, a tentar regressar à cidade. Fui apanhado no meio do mato pela fúria das águas e tive que ficar três horas de tempo a espera que a estrada ficasse desbloqueada do riacho que inoportunamente surgiu no meu caminho. Não interessa. A água encontra sempre o seu caminho. Tal como nós.
Quando ela vem, rebenta estradas, danifica palhotas, enche as ruas. Vem sempre como uma vingança de todo aquele tempo em que não veio.
"A culpa é desses gajos dos mercados. Amarram a chuva durante tanto tempo para poderem vender as suas coisas, depois ela vem assim. Zangada!" - dizem os nativos.
Este Sábado passei a noite num carro, sozinho, a tentar regressar à cidade. Fui apanhado no meio do mato pela fúria das águas e tive que ficar três horas de tempo a espera que a estrada ficasse desbloqueada do riacho que inoportunamente surgiu no meu caminho. Não interessa. A água encontra sempre o seu caminho. Tal como nós.
domingo, janeiro 22, 2012
sexta-feira, janeiro 20, 2012
CADA HOMEM É UMA RAÇA
Tenho a sensação de que as pessoas não aproveitam bem as outras. Não é aproveitar-se delas, é aproveitar mesmo o facto de podermos estar com tantas pessoas diferentes ao longo das nossas vidas. Cada uma delas pode nos ensinar algo ou, no limite, recordar-nos algo.
quinta-feira, janeiro 19, 2012
DEUS SEGUNDO SPINOZA - Uma lembrança aos mais desatentos.
“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filho, não me encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho? Pára de ter tanto medo de mim. Não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se te fiz, te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade?
Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é a único que há aqui e agora, e a único que precisas.
Eu fiz-te absolutamente livre. Não há prémios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um pontuação. Ninguém leva um registo. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir.. Assim, se não há nada, terás aproveitado a oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que não vou te perguntar se foste comportado ou não. Vou perguntar-te se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu sentes-te grato?
Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
Sentes-te, surpreendido?... Expressa tua alegria! Essa é a forma de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres?
Para quê tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti.
Spinoza.
E isto, escrito no século XVII. Quem diria ..
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde vivo e aí expresso meu amor por ti.
Pára de me culpar da tua vida miserável: nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filho, não me encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho? Pára de ter tanto medo de mim. Não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se te fiz, te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade?
Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é a único que há aqui e agora, e a único que precisas.
Eu fiz-te absolutamente livre. Não há prémios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um pontuação. Ninguém leva um registo. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir.. Assim, se não há nada, terás aproveitado a oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que não vou te perguntar se foste comportado ou não. Vou perguntar-te se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu sentes-te grato?
Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
Sentes-te, surpreendido?... Expressa tua alegria! Essa é a forma de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres?
Para quê tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti.
Spinoza.
E isto, escrito no século XVII. Quem diria ..
quarta-feira, janeiro 18, 2012
ROOM 33
ROOM 33 - Director's cut from Erika Lust on Vimeo.
É ponto prévio. Gosto da faceta de produção da Erika Lust.
Explora insistentemente algo que não pode ser esquecido (e ninguém esquece, seguramente). A nossa sexualidade tem um contributo determinante em quase todas as vertentes da nossa vida. Faz-nos sentir bem e isso só por si já é um aditivo para que façamos outras coisas bem. Ser feliz passa necessariamente por aí também e é muito importante que as pessoas percebam definitivamente que não há vergonha nenhuma em explorar qualquer tipo de prazer. Afinal trata-se de prazer e não de crime.
O filme em questão é brutal com um final electrizante.
sábado, janeiro 14, 2012
VIDAS
Morreu hoje a minha bisavó. 94 anos.
Um dia de libertação inequívoca para ela. Quando se chega ao ponto em que tudo o que podemos fazer depende de alguém, um dia destes, é um dia de libertação. Deixará sem dúvida muita saudade. Tenho a sorte de a ter visto e conversado com ela cerca de três horas de tempo a menos de um mês, apesar de viver a 1200 quilómetros.
Por outro lado. Casa-se um bom amigo hoje. O casamento dele tem contornos estranhos. Está a ser praticamente empurrado para um compromisso de uma vida pelos Pais. Não posso discordar mais de pessoas que insistem em tratar os filhos como uma propriedade inalienável. Os filhos, devem respeito aos Pais. Todo. Mas a vida é deles.
Situações tão adversas. Estados de espírito também. Mas a vida mostra-nos sempre que não interessa qual seja a situação, se a enfrentarmos sendo honestos connosco, então é seguro que passaremos por ela e estaremos imediatamente prontos para a próxima.
Um dia de libertação inequívoca para ela. Quando se chega ao ponto em que tudo o que podemos fazer depende de alguém, um dia destes, é um dia de libertação. Deixará sem dúvida muita saudade. Tenho a sorte de a ter visto e conversado com ela cerca de três horas de tempo a menos de um mês, apesar de viver a 1200 quilómetros.
Por outro lado. Casa-se um bom amigo hoje. O casamento dele tem contornos estranhos. Está a ser praticamente empurrado para um compromisso de uma vida pelos Pais. Não posso discordar mais de pessoas que insistem em tratar os filhos como uma propriedade inalienável. Os filhos, devem respeito aos Pais. Todo. Mas a vida é deles.
Situações tão adversas. Estados de espírito também. Mas a vida mostra-nos sempre que não interessa qual seja a situação, se a enfrentarmos sendo honestos connosco, então é seguro que passaremos por ela e estaremos imediatamente prontos para a próxima.
sexta-feira, janeiro 13, 2012
segunda-feira, janeiro 09, 2012
ACORDO PORNOGRÁFICO
Desde dia 1 toda a documentação oficial tem que ser escrita de acordo com as regras do novo acordo ortográfico.
Apesar de ser conservador, não sou pessoa de recusar ideias novas. Aliás, na minha empresa as pessoas podem tirar um tempo do seu horário de trabalho para fazerem aquilo que lhes apetece. Um incentivo à criatividade. Um incentivo às coisas novas portanto. E posso dizer desde já que não se trata apenas de uma medida. É uma conquista pessoal contra todos aqueles cá dentro que não queriam que assim fosse. Uma empresa pequena com poucos funcionários mas com gente muito empenhada nas suas funções. Ainda bem.
Apesar de tudo, no fim, quem toma as decisões sou eu. Por razões óbvias. Sou o dono.
Sobre o acordo as directrizes são muito claras. Em nenhum documento será respeitado o acordo ortográfico. Apenas naqueles em que não tenhamos outra hipótese legal mas, até nesses, sob protesto.
Parece exagerado eu sei, mas quando uma cultura consegue vender-se a si própria sem qualquer motivo que seja então é o primeiro passo para perder uma identidade que é (é?) tão respeitada no Mundo. Sermos os primeiros a colocar essa posição de respeito em causa é um absurdo e uma estupidez.
Vendam a EDP aos chineses. Os bancos aos angolanos. A PT aos brasileiros. Façam o que quiserem. Não se esqueçam no entanto que em todos esses países a cultura portuguesa deixou uma marca secular. Por algum motivo.
Apesar de ser conservador, não sou pessoa de recusar ideias novas. Aliás, na minha empresa as pessoas podem tirar um tempo do seu horário de trabalho para fazerem aquilo que lhes apetece. Um incentivo à criatividade. Um incentivo às coisas novas portanto. E posso dizer desde já que não se trata apenas de uma medida. É uma conquista pessoal contra todos aqueles cá dentro que não queriam que assim fosse. Uma empresa pequena com poucos funcionários mas com gente muito empenhada nas suas funções. Ainda bem.
Apesar de tudo, no fim, quem toma as decisões sou eu. Por razões óbvias. Sou o dono.
Sobre o acordo as directrizes são muito claras. Em nenhum documento será respeitado o acordo ortográfico. Apenas naqueles em que não tenhamos outra hipótese legal mas, até nesses, sob protesto.
Parece exagerado eu sei, mas quando uma cultura consegue vender-se a si própria sem qualquer motivo que seja então é o primeiro passo para perder uma identidade que é (é?) tão respeitada no Mundo. Sermos os primeiros a colocar essa posição de respeito em causa é um absurdo e uma estupidez.
Vendam a EDP aos chineses. Os bancos aos angolanos. A PT aos brasileiros. Façam o que quiserem. Não se esqueçam no entanto que em todos esses países a cultura portuguesa deixou uma marca secular. Por algum motivo.
domingo, janeiro 08, 2012
ERA UMA VEZ ...
Comecei este blog há uns dias. No final de 2009.
Não existem alturas específicas para se fazer balanços de qualquer tipo. Este blog nem sequer precisa disso, é muito impessoal, muito aleatório na qualidade que oferece. Oscila entre o mau e o péssimo e, ainda assim, ensinou-me umas coisinhas. A principal terá sido que não existe um único dia da nossa vida em que nós podemos nos sentar e decidir escrever com qualidade. Se o fazemos é sempre muito espontâneo. Bem, pelo menos essa é a minha opinião.
Ando com a cabeça cheia de coisas. E quantas mais coisas tenho na cabeça menos consigo escrever. Uma dessas coisas é uma tentativa de reencontrar um estado de espírito que me satisfazia bastante e que perdi algures apesar de nada ter piorado na minha vida, bem pelo contrário.
Estou sempre a dizer o mesmo mas, não posso deixar de sublinhar. Fiquemos pela simplicidade e teremos a felicidade, ainda que inconsciente, garantida. Cometi erros. Felizmente começo ter a noção disso.
Podemos sempre assumir responsabilidades e é óptimo que o façamos. Mas é sempre melhor que as responsabilidades não assumam a nossa vida. Devemos viver e trabalhar e nunca, mas nunca, trabalhar e viver. Não conseguir viver de acordo com estas palavras tem sido o meu maior erro.
E nunca dispensem alguém com quem se possa conversar por mais de uma hora. Por muito desconhecida que a pessoa seja. Não dispensem porque não vai ser fácil encontrar alguém no futuro que possa preencher esse vazio.
Não existem alturas específicas para se fazer balanços de qualquer tipo. Este blog nem sequer precisa disso, é muito impessoal, muito aleatório na qualidade que oferece. Oscila entre o mau e o péssimo e, ainda assim, ensinou-me umas coisinhas. A principal terá sido que não existe um único dia da nossa vida em que nós podemos nos sentar e decidir escrever com qualidade. Se o fazemos é sempre muito espontâneo. Bem, pelo menos essa é a minha opinião.
Ando com a cabeça cheia de coisas. E quantas mais coisas tenho na cabeça menos consigo escrever. Uma dessas coisas é uma tentativa de reencontrar um estado de espírito que me satisfazia bastante e que perdi algures apesar de nada ter piorado na minha vida, bem pelo contrário.
Estou sempre a dizer o mesmo mas, não posso deixar de sublinhar. Fiquemos pela simplicidade e teremos a felicidade, ainda que inconsciente, garantida. Cometi erros. Felizmente começo ter a noção disso.
Podemos sempre assumir responsabilidades e é óptimo que o façamos. Mas é sempre melhor que as responsabilidades não assumam a nossa vida. Devemos viver e trabalhar e nunca, mas nunca, trabalhar e viver. Não conseguir viver de acordo com estas palavras tem sido o meu maior erro.
E nunca dispensem alguém com quem se possa conversar por mais de uma hora. Por muito desconhecida que a pessoa seja. Não dispensem porque não vai ser fácil encontrar alguém no futuro que possa preencher esse vazio.
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