sexta-feira, janeiro 28, 2011

ESTATÍSTICAS, TENDÊNCIAS, INTENÇÕES, RESULTADOS

Propus há quase um ano um negócio a alguém. Esse alguém explicou-me que não podia por causa dos números que tinha. Expliquei-lhe que não só podia como devia. Alguns números não ilustram tudo. Até no futebol há exemplos disso. Hoje fez-se negócio. O contexto é outro e o resultado (para ele), pior.

Analisar um negócio apenas à base de números, sendo muito tentador, é em muitos casos enganador.
Analisar intenções pode dar resultados. Mas não explica as tendências que levaram a obter esse resultado. Melhor, os números não reflectem a análise abrangente.

Imaginemos uma listagem de stocks mensal que indique rotações de determinadas referências. Se o artigo X foi adquirido no início do  mês (100 unidades, p.ex) e teve uma rotação constante ao longo do mês culminando na ruptura desse mesmo stock, indica que a previsão de vendas estava correcta. Agora imaginemos o mesmo cenário de compra para o artigo Y sendo que a rotação foi nula até dois dias antes do fim do mês. Nessa data deu-se a ruptura por completo derivado de uma necessidade muito específica que pode ser aleatória. Logo não há uma indicação clara de sucesso na previsão. A estatística por si só não pode explicar nada sem análise posterior. Ponto.

2 comentários:

M. disse...

A estatística está para a matemática como os partidos para a política....

(esta até não ficou mal...lol)

Carla disse...

Ai, fiquei tonta, coitadinha de mim.
Sou de letras, só percebo x e y quando se juntam em sílabas, agora que se agarram a números e a raciocínios matemáticos fico com'a vaca a olhar para o palácio. o.O