terça-feira, março 15, 2011

AO ROSTO VULGAR DOS DIAS

Monstros e homens lado a lado,
Não à margem, mas na própria vida.
Absurdos monstros que circulam
Quase honestamente.
Homens atormentados, divididos, fracos.
Homens fortes, unidos, temperados.

Ao rosto vulgar dos dias,
A vida cada vez mais corrente,
As imagens regressam já experimentadas,
Quotidianas, razoáveis, surpreendentes.

Imaginar, primeiro, é ver.
Imaginar é conhecer, portanto agir.
Alexandre O'Neill

NOTA: Não pretendo com este poema passar um ar de intelectual que não sou. Apenas sublinhar o tanto de verdade nestas palavras contidas.

4 comentários:

M. disse...

O´Neill é único na poesia portuguesas. Não se armava em intelectual. E podia. Se podia:)

EK disse...

M.
Eu é que não quero armar-me em intelectual estando a postar Alexandre O'Neill.

Selifan disse...

M, não te preocupes com isso do intelectual, já quase não existe nenhum, e os que existem, andam por aí escondidos. Quanto ao poema, simples, bonito, e eficaz.

Pusinko disse...

Também por cá se está bem :)