Tive durantes 4 anos um colega marroquino de quem guardo gratas recordações.
Tinha um estilo que chamava a atenção inavriavelmente. Para quem gosta dos "The Simpsons" - como eu, diga-se - era facílimo confundi-lo com o Ajudante Bob. Felizmente nunca ninguém confundiu-me com o Krusty.
Falando com ele hoje recordou-me uma conversa que tivemos na última semana em que partilhamos o emprego. Recordou-me que tinha-me dito que Marrocos seria no futuro um País de referência. E é.
Antes de falar com ele estive a ver uma breve entrevista a Eneko Landaburu, o Embaixador da União Europeia em Marrocos.
Um País que não é laico mas sim religioso. O Islão é, como se sabe, a religião dominante. Mas principalmente por causa deste pressuposto é que se torna num verdadeiro exemplo.
O rei Muhammad VI é um jovem monarca muito inteligente. Consta até que será um dos 10 muçulmanos mais influentes do Mundo. E o que ele tem feito em Marrocos é assinalável. O Islão, sendo uma religião tolerante na sua interpretação mais correcta, encontra em Marrocos o Estado ideal para que essa sua faceta seja revelada em todo o seu esplendor. Um País evoluído em todas as suas vertentes não precisando para isso de renunciar à fé da maioria da sua população, governantes incluídos.
E Marrocos torna-se ainda um exemplo maior quando pode ser usado com esse propósito para os dois lados. Os países muçulmanos que se vitimizam injustificadamente podem olhar para Marrocos e ver um País que é considerado o vizinho mais "amigo" da União Europeia. Repito, independentemente das suas crenças.
E os países não muçulmanos podem olhar para Marrocos e ver um País que - sendo muçulmano - é um País pacífico, evoluído e, não sendo rico, com os olhos bem postos no futuro.
Um exemplo.
2 comentários:
A Tunísia também pode entrar aí. Estranhamento o país mais "europeu" por tradição até seria Argélia...mas...
Marrocos pode de facto ser um bom aliado...
M.
Mas a Argélia tem células extremistas sempre prontas para intimidar quem se aproxime mais do espaço europeu. Esta gente insiste em querer ser o que não é.
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