domingo, janeiro 02, 2011

MARROCOS

Tive durantes 4 anos um colega marroquino de quem guardo gratas recordações.
Tinha um estilo que chamava a atenção inavriavelmente. Para quem gosta dos "The Simpsons" - como eu, diga-se - era facílimo confundi-lo com o Ajudante Bob. Felizmente nunca ninguém confundiu-me com o Krusty.

Falando com ele hoje recordou-me uma conversa que tivemos na última semana em que partilhamos o emprego. Recordou-me que tinha-me dito que Marrocos seria no futuro um País de referência. E é.

Antes de falar com ele estive a ver uma breve entrevista a Eneko Landaburu, o Embaixador da União Europeia em Marrocos.
Um País que não é laico mas sim religioso. O Islão é, como se sabe, a religião dominante. Mas principalmente por causa deste pressuposto é que se torna num verdadeiro exemplo.

O rei Muhammad VI é um jovem monarca muito inteligente. Consta até que será um dos 10 muçulmanos mais influentes do Mundo. E o que ele tem feito em Marrocos é assinalável. O Islão, sendo uma religião tolerante na sua interpretação mais correcta, encontra em Marrocos o Estado ideal para que essa sua faceta seja revelada em todo o seu esplendor. Um País evoluído em todas as suas vertentes não precisando para isso de renunciar à fé da maioria da sua população, governantes incluídos.

E Marrocos torna-se ainda um exemplo maior quando pode ser usado com esse propósito para os dois lados. Os países muçulmanos que se vitimizam injustificadamente podem olhar para Marrocos e ver um País que é considerado o vizinho mais "amigo" da União Europeia. Repito, independentemente das suas crenças.

E os países não muçulmanos podem olhar para Marrocos e ver um País que - sendo muçulmano - é um País pacífico, evoluído e, não sendo rico, com os olhos bem postos no futuro.

Um exemplo.

2 comentários:

M. disse...

A Tunísia também pode entrar aí. Estranhamento o país mais "europeu" por tradição até seria Argélia...mas...

Marrocos pode de facto ser um bom aliado...

EK disse...

M.
Mas a Argélia tem células extremistas sempre prontas para intimidar quem se aproxime mais do espaço europeu. Esta gente insiste em querer ser o que não é.