Havia notado com um maior realce por ocasião do Dia de Mandela. Agora veio-me à memória já não me lembro bem porquê.
Vivemos numa época de falência dos mercados, uma dessas expressões que estão cada vez mais na moda. Não existe falência nenhuma do meu ponto de vista, existe sim o cumprir de um ciclo que permite a uns crescer (África) enquanto outros ficam a olhar porque já cresceram (Europa e América do Norte). A cambalhota será dada novamente no futuro, é inevitável.
Mas vivemos, isso sim, numa época de falência moral. E essa parece-me bem universal. Não pretendo dar uma lição mas vejam como deixamos de celebrar aquilo que somos, o tempo que cá estamos e os homens e mulheres que fizeram verdadeiramente a diferença para nos concentrar em efemérides sem importância, tragédias, acusações, crime e sobrevivência num estado tão puro mas também tão avançado. Hoje o homem começa a luta pela sobrevivência nas notícias, nos bancos, no trabalho e até em casa. Hoje cada dia é um dia para sobreviver.
Enquanto isso a vida passa impiedosa. E ninguém a usa.
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