sexta-feira, fevereiro 10, 2012

NÃO HÁ PALAVRAS COMO ALGUNS SORRISOS

A falha maior foi mesmo não ter tirado fotos.
Embrenhei-me por esse mato fora como que, recordando bons velhos tempos. Esta vida de gestor é um stress desgraçado. Tivesse eu ideia e se calhar teria optado pela carreira de jogador de futebol e agora não teria esta falha na barba.
Passa, dizem eles. E sim, passou. Mas é estranho não?

Mas entretanto fui. E fui ao volante de um camião, bem ao estilo dos anos 80, sem ar-condicionado, sem ABS e sem um assento hidráulico. Carregado de milho para um povo que sofre demais com a seca. A alegria momentânea em cada rosto cheio de sofrimento é algo que não tem preço. É como se a poeira não os pudesse afectar. É como se uma pequeníssima fracção das nossas vidas, tão pequena que nos esquecemos dela, fosse por si só a vida dessas pessoas e, ainda assim, fosse o suficiente para que elas tivessem toda a felicidade do Mundo.

Não tenho qualquer dúvida que para termos a verdadeira noção da amplitude de certas coisas, precisamos de viver em dois mundos. Sinto-me um privilegiado por ter essa sorte.

Que grande dia!

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