A chuva finalmente veio. E como sempre por aqui, veio torrencial. Confesso que adoro a chuva em África. Vem sempre depois de sermos avisados por um cheiro. O cheiro de terra molhada lá ao longe que é transportado pelo vento.
Quando ela vem, rebenta estradas, danifica palhotas, enche as ruas. Vem sempre como uma vingança de todo aquele tempo em que não veio.
"A culpa é desses gajos dos mercados. Amarram a chuva durante tanto tempo para poderem vender as suas coisas, depois ela vem assim. Zangada!" - dizem os nativos.
Este Sábado passei a noite num carro, sozinho, a tentar regressar à cidade. Fui apanhado no meio do mato pela fúria das águas e tive que ficar três horas de tempo a espera que a estrada ficasse desbloqueada do riacho que inoportunamente surgiu no meu caminho. Não interessa. A água encontra sempre o seu caminho. Tal como nós.
2 comentários:
Desejo-te uma boa semana. E um pouquinho menos molhada, talvez!
Obrigado Joana. Beijinho.
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