Imaginem um homem com rodas. Um artista que cada vez que corresse, o fazia como se tivesse nascido com rodas na planta dos seus pés. Um homem que na verdade, não corria. Deslizava..
Assim era Zidane. Um jogador com um génio como já não há.
Zidane foi, para mim, o melhor de sempre. Pelo menos o melhor que eu vi jogar.
Fascinava-me a sua infindável classe, a sua inteligência sublime - quase utópica -, a sua generosidade física e de partilha da bola. Foi único na forma como jogava, colocando ao mesmo tempo toda a equipa a jogar consigo. Quando a bola partia em sua direcção, segundos antes de tê-la ele já sabia onde segundos depois ela estaria. Tudo tão genialmente mágico que até parecia mecanizado. As vezes fico a pensar como seria colocá-lo em campo, vestido formalmente, com um terno arrebatador. Tudo para que todos pudessem perceber claramente a classe que transbordava.
Foi grande até no último adeus. Por muito que o queiram condenar, foi um grande jogador sempre. E um grande homem também. Já Materazzi só será recordado pela cabeçada que levou.
1 comentário:
Zinedine, Zidane, Zizou.
Na penúltima copa (Mundial) torci por ele e não pelo Brasil e lamentei muitíssimo essa cabeçada.
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